[Cobertura] Meu passeio na Bienal do Livro

Como todos estão mais do que cansados de saber, eu estava ultra-mega ansiosa para o dia que traria meu passeio à Bienal do Livro: 31/08, sábado. Ontem. Sexta-feira eu mal conseguia me concentrar em qualquer outra coisa. Peguei a camisa do blog, busquei nossos (lindos!) marcadores de páginas e esperei.

Sábado finalmente chegou. Acordei, tomei café, me arrumei e, como era de se prever, saí de casa ultra atrasada por motivos de: meu irmão demora uma eternidade para se arrumar. Finalmente, saímos e, depois de passar no banco e ficar um tempão presa no trânsito, cheguei à Bienal do Livro. E essa é a parte da história que interessa a vocês.


Por alguma inspiração divina, eu tinha aproveitado que estudo e estagio no Centro da Cidade para comprar antecipadamente as entradas do meu grupo. Meu objetivo, obviamente, era poupar tempo, mas eu não esperava que ia ser tanto tempo assim. Geralmente, para comprar na hora, eu enfrento filas bem grandes, mas que começam e terminam dentro do pavilhão. Esse ano, entretanto, a fila se estendia por quilômetros fora dele. Fiquei literalmente chocada; o que só aumentou quando uma moça que eu conheci lá dentro contou que ficou duas horas na fila só para conseguir comprar o ingresso.

Hora do almoço

Meus planos, como todo ano de Bienal, eram andar todos os stands, conferindo as promoções e pegando tantos marcadores de página quando fosse possível. Mas acabei tento uma decepção dupla: (1) os stands mal tinham marcadores de páginas disponíveis, (2) encontrei promoções falsas por todos os lados.

Sim, promoções falsas. Todos os stands de editoras grandes que eu entrei anunciavam 10%, 20% ou até 50% de desconto, que - supostamente - estariam embutidas já no preço. O auge foi quando entrei no stand de uma editora que gosto muito e dei logo de cara com um livro que queria muito ler (E se fosse verdade - Saraiva Fnac Editora). A etiqueta indicava 50% de desconto! Então ouço o vendedor atrás de mim informar a uma senhora que o desconto já estava embutido. Fui, satisfeita, ver quanto estava, e para o meu espanto a máquina indicou R$ 22,00. Se o desconto anunciado fosse menor (até 30%, forçando uma barra, o que colocaria o "preço real" do livro em R$ 31,50), eu até acreditaria, mas eu sabia muito bem que esse livro não custa mais de trinta reais em livraria nenhuma, muito menos quarenta e quatro reais.

Dei esse exemplo porque foi o mais gritante, mas isso era uma prática bem difundida por lá. Uma prática que me deixou tão chateada que eu  preferi nem ver os livros que realmente estavam em promoção naquele stand (alguns títulos bons por 5 reais, esses sim valeriam a pena), simplesmente porque não admito que ninguém menospreze a minha inteligência. Me senti extremamente desrespeitada.

Além disso, todos os stands de grandes editoras, além de extremamente cheios, tinham filas gigantescas para pagamento. Devido à situação chata que eu relatei acima, me dediquei à ocupação muito mais agradável de procurar livros bons com preços bons em outros expositores. Os únicos livros que comprei em editoras grandes foram dois da Emily Giffin, porque queria manter a tradição de pegar autógrafos da autora: Uma prova de amor (o lançamento) e Laços inseparáveis. E para isso tive que enfrentar literalmente uma hora de fila para pagar.

Fiquei chocada com a diferença da última edição. Em 2011, quando não conhecia a Emily ainda, cheguei no stand da Novo Conceito (que tinha metade do tamanho do desse ano e não tinha fila nenhuma no caixa!), uma hora antes da sessão de autógrafos e, empolgada com a oportunidade, comprei o livro e já entrei na fila. Esse ano, cheguei lá às 11:30 para me informar sobre o evento (marcado para as 16h) e, por sorte, consegui pegar uma das últimas das 400 senhas que haviam sido distribuídas.


Outro ponto de desorganização que eu, felizmente, só observei de longe, foi a visita do autor Nicholas Sparks. A aglomeração de pessoas estava absurda, assim como a gritaria e agitação que dava para se ouvir de longe. Passando por perto, ouvi comentários de que uma criança de 11 anos tinha levado um soco; não garanto a informação, mas não me parece impossível. Se quiserem um relato de quem esteve lá, aconselho esse aqui.

Apesar disso, não tenho só reclamações a fazer. Em primeiro lugar, a decoração do stand da mesma Editora Novo Conceito (foto abaixo) estava muito bonita, com os livros gigantes acima das nossas cabeças.


Mas o ponto alto mesmo do meu dia foi quando por acaso me deparei com o pequeno stand da Editora Valentina. Entrei porque queria muito comprar o livro Fale!, cuja resenha li no blog Pipoca Musical e fui muito bem atendida. O stand estava completamente vazio, o que é uma grande pena; mas a moça que me atendeu se interessou em saber como eu tinha conhecido o livro e ainda conversou comigo sobre o outro livro da editora, que ela estava lendo [Passarinho], e que minha mãe (mesmo sem ouvir nossa conversa) resolveu comprar, para minha felicidade. Todas as três pessoas que estavam trabalhando lá eram muito simpáticas e atenciosas, e eu fiquei muito feliz de dar para todos um dos nossos marcadores de página, como agradecimento.

No fim das contas, trouxe para casa (juntando as minhas aquisições e as da minha mãe, já que compartilhamos nossos livros) 14 livros novos. Compramos vários pockets da editora Novo Conceito por R$ 4,90 (em outro stand) e, como sempre, livros que eu nunca tinha ouvido falar, mas que me encantaram pela capa e pela premissa. Olhando por esse lado, apesar dos muitos problemas e de ter deixado muito a desejar em relação à edição anterior, essa Bienal teve um saldo positivo. Não existe sensação igual a estar rodeada de livros e amantes da literatura por todos os lados.


Ah! E 60 dos nossos marcadores de páginas foram distribuídos por lá e agora estão rodando o mundo!


8 comentários:

  1. Palomitcha, ano passado fui na Bienal de São Paulo e era um dos meus sonhos participar desse evento. Por isso, me decepcionei bastante. MUITA gente e pouca estrutura pra isso, quase morremos de calor. Transitar por lá era impossível, nos perdemos várias vezes e em uma tarde inteira conseguimos visitar uns três stands, de tão caótico que estava. Ok que éramos umas dez, mas ainda assim. Lembro que na Intrínseca encontrei alguns livros a preços bacanas, mas fiquei espantada quando entrei na Cia das Letras e achei alguns títulos MAIS CAROS que o preço normal.
    Valeu à pena no fim das contas porque era Encontrão Mafioso e pelos brindes de A Culpa é das Estrelas que ganhei, mas só coloco meus pés e novo na Bienal se for pra ver um autor que eu ame nível John Green, sabe?
    Beijo!

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  2. Oi Paloma! Realmente é um absurdo quando os descontos anunciados não são verdadeiros. É uma pena isso acontecer em eventos sérios e respeitados assim! Sobre a Valentina, que pena que estava vazio o stand, eles tem livros ótimos, eu também estou louca para comprar o Fale!

    Sua comprar foram ótimas, parabéns pelas escolhas...

    Bjs, Isabela.
    www.universodosleitores.com

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  3. Muito boas suas aquisições.
    Como não pude ir na Bienal, fico feliz de poder saber um pouco dela nos blogs, parabéns pela matéria. Uma pena os quesitos promoções falsas e desorganização.
    Fiquei curioso em conhecer o seu marcador rs.

    Abraços
    http://reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br/

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  4. Ai, que chique teu blog com camisa, marcador...e eu sempre adiando fazer os meus, haha.
    Menina, adorei o post, eu tava com muita vontade de ir pra essa Bienal (dinheiro, saudades). E toda vez que junta muita gente, infelizmente, é essa desorganização. E também não sei se gosto de gritaria por algum escritor, não faço isso nem por cantores nem ninguém, sou dessas fãs contidas, fico tímida até - coisa que quase nunca sou - e falo baixinho nesses momentos.
    Beijo! Gostando cada vez mais do teu blog. (Me manda um marcador, eu amaria. ;) haha)

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  5. Eu fui o ano passado em São Paulo e me decepcionei muito com o preço. A maioria dos livros que eu queria estavam mais caros do que pela internet. Eram poucas as editoras que estavam com promoções.

    http://blogprefacio.blogspot.com.br/

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  6. Nossa eu nem sabia dos pockets da novo conceito! Muito bons os livros
    um beijo ;* eu comprei 17 livros hahaha contando com os da minha mãe tb rs

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  7. Concordo com TUDO! Cheguei a ficar mais ou menos meia hora na fila do Nicholas Sparks (mas mais acompanhando uma amiga do que por mim mesma), e a desorganização, assim como a falta de informação, foi tamanha, que desisti. Assim como voce, aproveitei para pegar minha senha para o autografo com a Emily, e ainda conheci a Marina Carvalho, super por coincidência, enquanto estava na fila, com o livro dela em mãos, pronta para pagar.
    Senti muuuuuuuuuita falta de marcadores nos stands também, e os preços realmente estavam absurdos.

    flyingwhisper.blogspot.com.br
    @nathcarvalh0

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  8. Oi, Paloma! Demorei, mas cheguei :)

    Olha, se tem uma coisa que eu já aprendi a me conformar foi com a quantidade de pessoas que visitam a Bienal HAHA Eu já vou pro evento sabendo o que me espera (no quesito de filas e de gente), então não me decepciono. É um pouco chato isso, mas por um lado eu fico feliz de ver tanta gente querendo comprar e ler livros.

    Sobre os descontos, infelizmente tenho que concordar com você. Eu comprei bastante coisa, mas não paguei nenhum valor incrível nos livros. A Record estava com um desconto progressivo muito bom. Uma amiga minha comprou uns 342993 livros e saiu no lucro (mas isso não compensa muito pra quem compra só uns 3 ou 4 livros, né?).

    Eu queria ter encontrado a Emily Giffin, mas acabei esquecendo HAUAH Nem tentei ver o Sr. Sparks porque era uma verdadeira missão impossível.

    Beijo!

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