[Resenha] Jogos Vorazes, de Suzanne Collins


- Ficha técnica
Título original: The Hunger Games
País de origem: EUA
Autor(a): Suzanne Collins
Editora: Rocco
Ano: 2010
Número de páginas: 397

Sinopse:
Este livro é o primeiro de uma bem-sucedida trilogia, comercializada para mais de 20 países, A história se passa em uma nação chamada Panem, fundada após o fim da América do Norte. Formada por 12 distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital, sede do governo. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os 'Jogos Vorazes', uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de 12 a 18 anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte. Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos 'Jogos Vorazes'?


Como não posso negar que sou um tanto lenta na maior parte do tempo, só tomei conhecimento dessa nova série quando ela já era sucesso por aí. Como também sou um pouco esnobe, achei que fazia sucesso demais (inveja é feio, né?) e resolvi, da boca para fora, que não tinha interesse em ler, enquanto procurava ele aqui e ali, escondida, nas minhas visitas às livrarias. A história continuou assim até que minha prima, residente de Kansas City - US, comentou que estava lendo e, quando eu demonstrei interesse, falou que ia me mandar de presente.

Algum tempo depois, eu finalmente recebi meu exemplar de The Hunger Games com dedicatória, junto com meu exemplar de Catching fire de capa dura! Mergulhei nele de uma vez por todas e, surpresa!, não consegui mais largar. Não só é bom. É viciante! Tem ação, aventura, conflitos existenciais e romance.

Ele pode ser, e é, um tanto sangrento aqui e ali(?), mas é tão envolvente que mal dá para reparar. O romance é suficiente para te deixar com água na boca e querendo mais, mas nunca se entrega!

São quase 400 páginas de ação ininterrupta, e não estou exagerando. O livro não te dá um descanso para comer, dormir ou ir ao banheiro. Eu tinha dificuldades em fechar as páginas e, quando era obrigada, muitas vezes reabria para ler mais um pouco. Isso sem falar do prejuízo às minhas preciosas horas de sono. Quando conseguia me segurar para parar de ler, ainda assim era impossível forçar minha cabeça a parar de pensar na história.

A Katniss, como toda boa mocinha de livros YA, é meio chata às vezes. Mas, surpreendentemente, eu gosto dela. Gosto do Gale também.  Mas o Peeta, na minha humilde opinião, é realmente o personagem do livro. Porque não existe ninguém na vida real remotamente comparável a essa criatura.

Achei o final (não vou entregar, mas quem não tiver lido, sinta-se livre para pular o parágrafo) um tanto quanto frustrante. Eu sei que não podia ser perfeito, ou não seria uma série, tem que ter história para os outros livros, mas eu esperava algo menos frustrante. Ele quase me fez morrer de ansiedade até começar a ler o segundo. Mas isso já é papo para outra resenha.

Se você vai ler em português, aqui vai um breve comentário sobre a tradução: eu odiei. Sim, li em inglês, mas nossa coautora (vulgo Kika) leu em português e tivemos oportunidade de comparar e discutir. Eu tenho certeza que é um livro absurdamente difícil de traduzir, com neologismos e o escambau, mas é algo muito frustrante para mim. Posso dizer, por uma entrevista que eu li, que a maioria não foi culpa do tradutor e que a editora alterou muita coisa, mas o fato é: quem souber e puder ler no original (o que é recomendado quase sempre), o faça.


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