[Resenha] 1984, de George Orwell

Sinceramente, quem nunca leu esse livro, não sabe o que está perdendo. Ele é o pai do tão popular Big Brother. E vai ter a honra de estrear nosso rol de críticas.


Ficha técnica
Título original: 1984

País de origem: Reino Unido 
Autor(a): George Orwell
Editora: Cia. Das Letras
Ano: 1949
Número de páginas: 302


Esse livro foi publicado em 1949, então - como dá para ver pelo título - é um livro futurista. Se passa em um mundo completamente novo, onde todos os nossos países estão agrupados em apenas três grandes Estados, depois de uma guerra atômica. Nesse novo mundo, as pessoas (principalmente os funcionários do Governo) estão vinte e quatro horas por dia sob vigilância e controle do Partido, que tem a capacidade incrível de controlar as mentes e a realidade de uma forma tão absurda e, ao mesmo tempo, tão perfeitamente verossímil que chega a assustar. Mesmo. Quem gosta de pensar, consegue muito material aí para paralelos macabros com a realidade.

Sobre esse pano de fundo, acompanhamos o dia-a-dia de Winston Smith, um dos funcionários do Governo de Oceânia - um dos três Estados - vigiados constantemente pelo Grande Irmão (figura que cobre a todos os espaços disponíveis em cartazes, vigiando a população). Ele não concorda com aquela realidade, sonha com a liberdade, mas interpreta fielmente o papel que lhe cabe a cada novo dia. Até que circunstâncias altamente relevantes entram em cena, a maioria delas relacionada a Julia, que surge como uma figura misteriosa e acaba por desempenhar um importante papel na trama. Juntos, eles acabam por provar que tudo pode ser corrompido, desde que se tenha poder e se use as armas necessárias.

Orwell traz também, nessa sua obra prima clássica e envolvente, diversos neologismos inteligentíssimos, que ajudam a transportar o leitor para dentro do mundo do livro. É como ser engolido, absorvido por essa nova realidade. Para quem se interessa por política, é uma obrigação. Para quem não se interessa, é uma ótima opção.


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