Nos bastidores: Escritores

Dia de lançamento de mais uma coluna saindo do forno – ainda que seja uma coluna temporária. Para aqueles que ainda não captaram o sentido desse novo quadro na nossa programação, comecemos com algumas explicações básicas.

O objetivo desse novo espaço aqui no blog é homenagear aqueles que ganham o pão de cada dia fazendo nós, leitores, felizes. Aquele que conta as histórias, aquele que corre atrás de editoras, aquele que cata vírgulas mal colocadas... Do início ao fim da cadeia produtiva dos nossos queridos livros, porque se algum daqueles não existisse tudo seria diferente.


Nossa primeira parada vai ser naquele que cria as histórias, aquele que tem algo a dizer e nos faz rir, chorar e pensar. Ele, o escritor. Afinal, sem ele não dava nem para falar em livros.

Definição

Escritor é aquele que escreve. Essa definição pode parecer óbvia, mas atualmente tenho visto por aí uma onda elitista que só aceita chamar de escritor aquele que vive disso, ou pelo menos tem algum reconhecimento. Eu rechaço completamente essa ideia: para mim, todo aquele que escreve é escritor; mesmo porque não é difícil achar escritores obscuros que têm muito mais qualidade do que alguns que estão na lista dos Best sellers do NY Times. Nem precisa ter escrito um livro para ser escritor – basta escrever.

Vou mais além e digo que até mesmo quem não sabe escrever pode ser escritor, basta ter um pouquinho de imaginação. O importante é o conteúdo, o que se escreve, e não como se escreve. Por acaso as mais famosas histórias do mundo não foram preservados por muito tempo na forma oral? Então permitam que eu melhorem minha definição: escritor é um contador de histórias.

"Tipos" de escritor

Cada escritor tem sua especialidade, não só quando a gêneros literários, quanto ao formato do texto em si. Assim como a escrita se divide em prosa e poesia, há poetas e há aqueles que se especializam em prosa.

Entre esses últimos, existem romancistas, ou seja, aqueles que escrevem romances; cronistas, especialistas em crônicas (que muitas vezes são jornalistas, que por sua vez não deixam de ser escritores); existem aqueles que escrevem contos. E por aí vai, elevado à potência infinita.

Escrita como profissão

Chegamos, finalmente, ao ponto polêmico da coisa.

Hoje em dia, muita gente (muita gente mesmo – gente que nem gosta de ler) tem vontade de escrever um livro. E isso me impressiona muito. Claro que é a tentadora a ideia de ganhar dinheiro ficando em casa, sem chefe, parir algo que possa contribuir com o mundo  –  sem compromisso. Só que não.

Essa história de sem compromisso não dá certo. Quando você não tem alguém te cobre, é muito mais difícil manter a disciplina e terminar um trabalho. Muita gente só quer a vida mole e isso (somado ao fato de o nosso mercado editorial ser realmente difícil) faz com que tenhamos tão poucos "escritores profissionais".

Mas o que eu entendo por "escritores profissionais"? Aqueles que vivem, ou pelo menos se mantêm em grande parte, com o dinheiro oriundo da escrita. Aqueles que quando preenchem cadastros informam como profissão "escritor", que escrevem como primeiro emprego. É o sonho de muitos, mas a realidade de poucos.

Então, como chegar lá? Infelizmente eu não tenho a resposta. Se tivesse, certamente não estaria onde estou hoje. O que é certo e indiscutível é que um ponto é absolutamente necessário: escrever. Quem não põe as mãos na massa, não alcança esse objetivo. Não desistir também é uma questão crucial. O resto, estou tentando descobrir. Não deixem de nos contar suas experiências.

Você já escreveu seu livro? Se quiser ver seu relato na próxima edição dessa coluna é só enviar seu texto para bibliotequismo@gmail.com.

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