Muito bem. Peço desculpas pela ausência nessa semana. Sabem como é semana de aniversário, não sabem? Muitas festividades e tudo o mais (brincadeira, gente).
Estou participando de um Círculo viajante sobre a Segunda Guerra Mundial na comunidade skoobiana do Livro viajante, e como esse livro vai começar sua peregrinação mês que vem, achei melhor trazê-lo para cá logo de uma vez, certo?
"Seu pai havia sussurrado que os tempos que estavam por vir seriam difíceis. Que eles teriam que ser corajosos e muito cuidadosos. Ele pronunciava palavras estranhas, desconhecidas: "campos", "batida policial, uma grande batida policial", "prisões de manhã cedo", e a menina ficava imaginando o que tudo aquilo poderia significar."
- Ficha técnica
Título original: Sarah's key
País de origem: França
Autor(a): Tatiana de Rosnay
Editora: Suma de Letras
Ano: 2006
Número de páginas: 310
Essa é uma historia absurdamente triste! Sarah é uma menininha judia de 10 anos que mora em Paris com os pais e o irmão mais novo. Ela estava lá quando a cidade foi invadida pelos nazistas e houve a concentração dos judeus no Velódrome d'hiver (16-17 de julho de 1942). A história de Sarah não é real, mas a do Vel' d'hiv é.
Antes de ir, ela esconde seu irmão em uma "armário secreto" e o tranca lá dentro, acreditando que voltaria logo. Mas não voltou.
Do velódromo eles foram levados a um campo de concentração perto de Paris. Lá ela foi separada do pai, e depois da mãe. É então que conhece uma menina chamada Rachel, um ano mais velha que ela, e elas duas decidem fugir. Bolam um plano e, com a ajuda de um policial que fazia a guarda, conseguem.
Vão parar na casa de um casal que as recolhe e cuida delas. Mas Rachel fica doente e elas são obrigadas a chamar um médico, que denuncia a menina e ela é levada de volta. Mas Sarah consegue ficar.
O casal leva Sarah de volta a Paris, mas o que ela encontra lá só vai traumatizá-la para o resto da vida. Obviamente, Sarah nunca mais vai ser a mesma.
Nos primeiros capítulos, a história da menininha judia se intercala com a de Julia, uma jornalista americana casada com um francês e que mora em Paris. Eles vão se mudar para o apartamento que pertenceu à família de Sarah, quando Julia é escolhida para escrever uma matéria sobre os 60 anos da grande concentração do vel' d'hiv.
Julia entra, então, em contato com essa mancha na história da França, e acaba descobrindo o triste destino dessa família. Curiosa com os fatos, ela segue em busca de detalhes do que aconteceu na vida da pobre menina.
Sou obrigada a repetir: é uma história horrivelmente triste. Mas também é muito boa. Não é indicada a qualquer um, porque tem umas partes bem fortes, mas quem tem estrutura emocional e interesse com certeza deve ler. É um daqueles livros que dá uma sensação de depressão profunda, vazio no peito e decepção com a humanidade, mas alguns dos personagens felizmente nos ajudam a acreditar que nem todo o mundo é mau.
Ele é narrado em terceira pessoa, o que às vezes causa uma sensação estranha (não sei porque). E (provavelmente por causa da tradução) tem uns pontos em que a escolha de palavras é meio confusa. Mas não é nada insuperável, ou que estrague a experiência de ler esse livro.
Ele no Skoob.
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Antes de ir, ela esconde seu irmão em uma "armário secreto" e o tranca lá dentro, acreditando que voltaria logo. Mas não voltou.
Do velódromo eles foram levados a um campo de concentração perto de Paris. Lá ela foi separada do pai, e depois da mãe. É então que conhece uma menina chamada Rachel, um ano mais velha que ela, e elas duas decidem fugir. Bolam um plano e, com a ajuda de um policial que fazia a guarda, conseguem.
Vão parar na casa de um casal que as recolhe e cuida delas. Mas Rachel fica doente e elas são obrigadas a chamar um médico, que denuncia a menina e ela é levada de volta. Mas Sarah consegue ficar.
O casal leva Sarah de volta a Paris, mas o que ela encontra lá só vai traumatizá-la para o resto da vida. Obviamente, Sarah nunca mais vai ser a mesma.
" – É porque eles nos odeiam – Rachel havia dito a ela com sua voz rouca e profunda. – Eles odeiam os judeus."
Nos primeiros capítulos, a história da menininha judia se intercala com a de Julia, uma jornalista americana casada com um francês e que mora em Paris. Eles vão se mudar para o apartamento que pertenceu à família de Sarah, quando Julia é escolhida para escrever uma matéria sobre os 60 anos da grande concentração do vel' d'hiv.
Julia entra, então, em contato com essa mancha na história da França, e acaba descobrindo o triste destino dessa família. Curiosa com os fatos, ela segue em busca de detalhes do que aconteceu na vida da pobre menina.
Sou obrigada a repetir: é uma história horrivelmente triste. Mas também é muito boa. Não é indicada a qualquer um, porque tem umas partes bem fortes, mas quem tem estrutura emocional e interesse com certeza deve ler. É um daqueles livros que dá uma sensação de depressão profunda, vazio no peito e decepção com a humanidade, mas alguns dos personagens felizmente nos ajudam a acreditar que nem todo o mundo é mau.
Ele é narrado em terceira pessoa, o que às vezes causa uma sensação estranha (não sei porque). E (provavelmente por causa da tradução) tem uns pontos em que a escolha de palavras é meio confusa. Mas não é nada insuperável, ou que estrague a experiência de ler esse livro.
Ele no Skoob.
Essa capa é tão chocante... não é a toa que você achou triste u.u
ResponderExcluirA capa é maravilhosa. Eu como grande fã de livros que se passam na Segunda Guerra já o marquei o Skoob porque me interessei muito.
ResponderExcluirÓtima resenha! Estava memso precisando de um livro que fuja do padrão pra ler.
Beijos!
Nossa, essa história deve ser maravilhosa! Triste sim e certamente a menina da história não existiu,mas deve ser o retrato das pessoas que passaram por essa mancha na história. Acho que deveria sim ser lida por todos... Fiquei muito interessada!
ResponderExcluirBjss*
Quero até ler, mas no momento estou fugindo de histórias assim... Quero algo mais feliz rs
ResponderExcluirBjs, Kel
www.itcultura.com
Também achei a capa chocante :o Confesso que não conhecia o livro, porém a sua resenha me deixou bem interessada, quem sabe mais para frente eu o leia.
ResponderExcluirBeijos&beijos
Book is life