[Resenha] Para Sempre Alice, de Lisa Genova

Opa, aqui estou eu para elogiar um livro de novo! Já estava começando a me sentir uma baita chata falando mal das produções alheias. Se servir de consolo, juro que não vou ficar muito chateada quando for a vez de criticarem a minha. Mas eu respeito opiniões, e aconselho que – se alguém tiver interesse de ler – como a Rapha e a Amanda bem falaram, leia e tire suas próprias conclusões. E, claro, venha dividí-las com a gente.

Still Alice

- Ficha técnica
Título original: Still Alice
País de origem: EUA
Autor(a): Lisa Genova
Ano: 2009
Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 288

Aos 50 anos, Alice começa a esquecer. No início, coisas sem importância, como o lugar em que deixou o celular, até que, um dia, ela se perde a caminho de casa. O diagnóstico inesperado de sua doença altera para sempre sua vida e sua maneira de se relacionar com a própria família e o mundo. E, quando não há mais certezas possíveis, só o amor sabe o que é verdade. De alguma forma e apesar de tudo, Alice é para sempre.                           

Vou confessar que esse foi mais um livro que eu comprei pela capa, na Bienal do Livro de 2009. Encherguei ele de longe e fiquei encantada, e ler a sinópse só me deixou com mais vontade de ler. Apesar disso, por burrice e negligência minha, fui lê-lo só bem recentemente.

A história é de uma mulher perto de completar seus cinquenta anos, mãe de três filhos, casada (e apaixonada pelo marido), professora e Harvard e… que tem o mal de Alzheimer.

No começo os sinais são quase imperceptíveis, mas com o tempo ela vai percebendo que a sua mente, que antes era 100% confiável, não responde mais às necessidades. As milhares e fontes e artigos acadêmicos que ela sabia de cor e de que tinha tanto orgulho se foram, assim como outras coisas, e ela sabe que vai piorar. Alice começa a se perder em lugares tão familiares a ela, e nós a acompanhamos nesses momentos de angústia.

Quando finalmente procura um médico, sem que seu marido saiba, ela recebe o diagnóstico que ela não consegue aceitar. Nós acompanhamos com profundidade e sentimentos muito bem espressos toda a frustração e a tristeza de Alice enquanto ela vai, aos poucos, se diluindo no esquecimento.

É um livro muito emociante. A autora não conseguiu chegar ao ponto de identificação total entre leitor e personagem, como alguns poucos e habilidosos conseguem, mas conseguiu com maestria que eu nunca vi antes fazer com que eu entendesse o sofrimento de Alice, me angústiasse com ele, e me emocionasse de verdade.

A narrativa é em terceira pessoa, mas o estilo vai acompanhando a mente e a degeneração dos neurônios da personagem, o que eu achei muito interessante. Esse foi um livro que me conquistou pela capa, mas não me decepcionou depois.

Só a nível de curiosidade, também achei o site brasileiro do livro lindo.

Ele no Skoob aqui.


3 comentários:

  1. Nossa, deve ser muito dificil.
    Esquecer coisas da sua vida
    E por tratar dessa doença tão triste que o livro me parece ser muito bom, esta de parabens
    Beijos

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  2. Nossa, adoreeeei sua resenha!
    Super direta e sincera.
    Criticar livros faz parte, mas é ainda melhor quando gostamos deles né?!
    Esse, sem dúvida, parece ser ótimo!

    beeeeeeeeijo, Nayanne =*
    http://www.bookaholicworld.com/

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  3. Alzheimer é uma coisa que mexe mto comigo. Minha avó tem, e esse semestre, na faculdade, fiz um curta sobre isso. é uma doença muito triste, irreversível, e leva tudo que a pessoa tem de melhor. a história parece mesmo ser ótima, se soube retratar tão bem esse mal :)

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