[Resenha] O Duque e Eu, de Julia Quinn

Finalmente tive tempo de organizar meus pensamentos e trazer para vocês a resenha do livro que eu estava morrendo de vontade de ler há algum tempo, principalmente desde que li essa resenha, do blog Pipoca Musical, que me deixou muito ansiosa.

Por último, me desculpo pela minha falta de vergonha na cara. Novembro foi um mês pesado e, como vocês já devem ter visto no aviso que estava ali em cima, eu me meti em uma furada chamada NaNoWriMo, o que significa que passei o mês escrevendo um livro, e quase completamente desligada do resto do mundo. Mas novembro se foi e com novembro vieram as férias, e tudo vai voltar completamente ao normal. Promessa de escoteira.



The Duke and I ("O Duque e Eu") é um romance de época escrito pela americana Júlia Quinn, e é o primeiro dos oito livros que compõe a série Os Bridgertons.

Começando pelo começo, a família Brigderton é uma família nobre inglesa, composta pela mãe (viúva) e seus oito filhos, cuidadosamente batizados em ordem alfabética: Anthony, Benedict, Collin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. Cada livro da série conta a história de um dos irmãos, e em O Duque e Eu, nós temos a oportunidade de conhecer um pouco sobre Daphne, a quarta em idade e mais velha das meninas.

Nesse livro, nos deparamos com Simon Basset, antigo Conde de Clyvedon, que após a morte do pai passa a ser o novo Duque de Hastings. Por sofrer de um severo problema de fala (gagueira), Simon é rejeitado pelo pai quando criança e se resolve a ser "tudo o que o pai não quer que ele seja". Depois de passar muitos anos no exterior, o novo Duque retorna à Inglaterra justamente na segunda temporada em que a Sra. Bridgerton está determinada a encontrar um marido para a filha mais velha.

Ele, um solteiro cobiçado que não quer casar, e ela, uma moça esperta e independente a quem todos os homens que valem a pena enxergam apenas como amiga, acabam se conhecendo que uma situação no mínimo inusitada (e muito divertida) e se aliam em um plano que tem tudo para dar certo... ou errado.

A primeira coisa que me chamou a atenção nessa série foi o fato de que tinham me dito que a Julia Quinn estava sendo comparada à (minha musa) Jane Austen. Como eu poderia deixar alguém assim passar? Resolvi, então, me aventurar na obra dela, e tenho que dizer que essa comparação depende muito do ponto de vista. Se for pela fama entre os fãs do gênero, quem sabe. E, de fato, as duas escrevem o mesmo estilo de livro, e apresentam um tom de sátira social, mas o tempo em que as autoras viveram coloca uma pedra intransponível entre elas. Afinal de contas, não importa o quão inteligente e avançada seja a Eliza Bennet, Daphne Bridgerton foi escrita por alguém com mentalidade do nosso tempo, não do século XIX. E se Jane Austen jamais descreveu um beijo, imagine-se lá outras coisas.

O que me agradou desde a primeira página do livro, decididamente, foram os diálogos. Coloco sem medo entre os melhores que já li na minha vida. Não é simplesmente que eles sejam bem construídos, é o conteúdo que é realmente fantástico, recheado de ironia e jogos de palavra. Não dá para ficar sério.

Ao mesmo tempo, o livro tem pontos "dramáticos" que tornam a experiência de leitura mais rica de emoções, mas eu não colocaria essas partes como destaque. Para mim, eram mais como interlúdios entre as partes realmente boas, românticas e divertidas.

Outra coisa brilhante é a personalidade dos personagens, em especial do casal principal, da mãe e dos três irmãos mais velhos. A Sra. Bridgerton, muito ao contrário da Sra. Bennet, pode ser uma dama bastante sem noção às vezes, mas ela é uma ótima mãe, que educou muito bem os filhos e que se preocupa, acima de tudo, com a felicidade deles. Ela não quer que eles façam "bons casamentos" pelo aspecto econômico da coisa, o que a mulher se preocupa é que eles não fiquem sozinhos, e encontrem a felicidade que ela e o marido tiveram no casamento.

A família Bridgerton é o retrato de uma boa família, unida e em que todos realmente gostam um dos outros, o que é relativamente difícil de se encontrar em núcleos ficcionais. O livro faz com que você não apenas se interesse pela história romântica de cada um dos irmãos, mas também queira entrar ali e fazer parte da família.

Existe apenas uma coisa que eu preciso avisar, porque pode não ser recomendável para todas as idades e porque foi algo que me pegou realmente desprevenida: o livro tem bastante cenas de sexo (considerando que não é, teoricamente, erótico) e elas são bem explícitas. De forma alguma digo que alguém não deve ler por causa disso (aviso politicamente correto: dependendo da sua idade, seus pais podem não aprovar), mas não se assuste quando a hora chegar, como eu me assustei.

Enfim, eu gostei tanto de The Duke and I que eu só consegui falar nele por um bom tempo, e indiquei para todas as pessoas que eu consegui. O segundo livro da série, The Viscount who Loved Me, já foi devidamente devorado e o terceiro, An Offer From a Gentleman, está prontinho no Kindle. Aguardem as próximas notícias.

Anthony sneezed and pushed them aside. "Mother, I am trying to have a conversation with the duke."
Violet looked at Simon. "Do you want to have this conversation with my son?"
"Not particularly."
"Fine, then. Anthony, be quiet.”

Título original: The Duke and I
Autora: Julia Quinn
País de origem: EUA
Ano (da primeira publicação): 2000
Editora: Avon Books | Arqueiro
Número de páginas: 384 | 288


Um comentário:

  1. Ah, eu tenho vontade de ler esse livro. Porém...não curto séries tão longas...sei lá, dão preguicinha. Mas ainda assim não perdi a vontade, rs.
    Beijo.
    Tay

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