Sinceramente, quando topei participar da Turnê Virtual, eu não tinha ideia de que isso seria tão fácil. Como já disse que sou preconceituosa, olhei torto para o livro, encrenquei com o fato de ter que ler em e-book (mesmo sabendo disso desde o começo) e criei uma das minhas certezas absolutas de que eu ia levar um ano para terminar de ler e na certa perderia o prazo para postar a resenha.
Felizmente eu estava lindamente enganada em todos os pontos. Para começo de conversa, depois de ler A Herdeira do Mar (que era bem maior) todinho pelo celular, ler o primeiro volume da Saga Draconiana foi moleza e rapidez pura – em dois dias terminei. E, como vocês podem ver, estou postando a resenha bem antes do prazo (que era dia 6 de outubro).
O livro conta a história da adolescente americana Sophie Dupont que, após perder os pais adotivos e depois os tios acaba descobrindo que tem sangue de dragão e é levada para um Instituto onde deve “desenvolver um elemento” (todos os drakkars – descendentes de dragões – podem controlar algum dos elementos naturais, e cada elemento corresponde a uma cor, daí o título do livro) e se manter a salvo do grupo de sua espécie que parece querer algo que ela tem.
Mantendo a sinceridade como lema, esse tema não me interessou muito a princípio e eu realmente só comecei a ler livro por causa do projeto. O livro em si também não me conquistou logo de cara: achei o início da história muito corrido. Não é que os fatos em si fossem narrados muito rapidamente, mas os acontecimentos é que se passavam em uma velocidade surreal (em um dia ela chega a Siete Pasos e já conhece e se “apaixona” pelo Adrian, no dia seguinte os tios morrem e ela vai embora com o cara que ela conheceu no dia anterior). Isso me incomodou bastante, mas vai melhorando à medida que o livro avança.
A narração dos fatos é em primeira pessoa do ponto de vista da Sophie, por isso achei que a escrita poderia ter soado um pouco mais natural. Algumas partes, principalmente no começo, soaram bastante artificiais e a quebra constante de frases (com o uso de travessões) me irritou um pouco.
Além disso e também principalmente no início do livro, achei que o autor se repetiu muitas vezes desnecessariamente. Por exemplo, o trecho que eu destaquei abaixo:
Sorri. Estava confortável pelo menos. Alexa parecia que estava indo se prostituir, vestida com um short jeans tão curto que parecia uma calcinha boxer e uma baby look rosa com detalhes em azul.– Tudo bem. Estou confortável. – disse.*
Ele incluía uma informação na narrativa, e logo depois colocava a mesma informação no diálogo; o ideal teria sido escolher um ou outro.
Finalmente, sobre a história, achei que ela carrega bastante clichês (aquele velho triângulo amoroso, a “síndrome do escolhido”, o boy magia que é a perfeição personificada etc.) e referências a séries de fantasia consagradas, mas sinceramente isso não me incomoda muito.
Por outro lado, depois que a protagonista chega ao Instituto, a trama realmente me surpreendeu positivamente e prendeu minha atenção. Gostei da interação entre os personagens e a história pareceu se desenrolar bastante bem. Gostei da ideia da “concentração do sangue” e dos níveis de evolução dos drakkars. Também achei os cavaleiros um ponto muito interessante.
Sobre os personagens, não gostei da Sophie no começo (ela pareceu muito psicopata para o meu gosto), mas depois ela virou uma mocinha “padrão”; pelo gostinho que o autor deixou dos próximos livros da série, acho que vou acabar gostando dela. Já os personagens secundários, achei todos bem legais (e os acontecimentos trágicos me doeram o coração) – com destaque para a Helena e a Nadya.
O final do livro (que, como sempre, não vou comentar muito) é bem surpreendente e mau conosco, pobres leitores indefesos.
Como resumo da ópera, achei o livro bem interessante (surpresa muito positiva), apesar dos probleminhas apontados, e já estava resolvida a acompanhar as continuações mesmo sem o trecho (cruel!) do próximo livro que o autor disponibiliza no final e que me deixou muito encasquetada. Agora estou bem animada para saber o que é que vai rolar com a Sophie em A Saga Draconiana – Sophie Dupont e os Lordes Dragões.
Fiquei muito contente com a resenha, Paloma. Obrigado pela sinceridade com a qual apontou os pontos fracos e, claro, também os fortes.
ResponderExcluirFiquei feliz que o livro tenha te conquistado com o passar da leitura.
Sobre o início... A princípio eu queria que a vida da Sophie fosse essa loucura, de mudar de um instante para o outro sem que ela tivesse chance de se ajustar, talvez isso causou essa aparência corrida no início. E, claro, o plot também não estava bem desenvolvido.
Gosto de ver resenhas assim, porque me ajudam a perceber certos aspectos que preciso cuidar e/ou melhorar.
Muito obrigado pelo carinho e tempo que dedicou ao meu livro.
www.agolyver.com
Ok! Fiquei curiosa!!! Vai pra lista! ;) rsrsrs Boa resenha, parabéns!
ResponderExcluirhttp://cladoslivros.blogspot.com.br/
Adorei saber que a Turnê Virtual mudou sua maneira de pensar, e também tinha receio de ler livro nesse formato. Eu adquiri um Kindle devido as leituras da faculdade. E também aproveito para descontrair e ler nele.
ResponderExcluirE voltando a resenha, logo virou um leitora de carteirinha daqui. Amei a forma como expressa sua opinião.
E por creio que sua resenha deva marcar, pois é a primeira.
Patty