[Resenha] Labirinto, de Kate Mosse

- Ficha técnica
Título original: Labyrinth
País de origem: UK
Autor(a): Kate Mosse
Editora: Objetiva (edição de bolso)
Ano: 2009
Número de páginas: 795



Sinopse

Julho de 1209: na cidade francesa de Carcassonne, uma moça de 17 anos recebe do pai um misterioso livro, que ele diz conter o segredo do verdadeiro Graal. Embora Alaïs não consiga entender as estranhas palavras e símbolos escondidos naquelas páginas, sabe que seu destino é proteger o livro. Será preciso grandes sacrifícios e muita fé para garantir a segurança do segredo do labirinto - um segredo que remonta a milhares de anos, e aos desertos do antigo Egito...
Julho de 2005: durante uma escavação arqueológica nas montanhas ao redor de Carcassonne, Alice Tanner descobre por acaso dois esqueletos. Dentro da tumba escondida onde repousavam os antigos ossos, experimenta uma sensação de malevolência impressionante, e começa a entender que, por mais impossível que pareça, de alguma forma ela é capaz de entender as misteriosas palavras ancestrais gravadas nas pedras. Mas já é tarde demais, Alice percebe que acaba de desencadear uma aterrorizante seqüência de acontecimentos que é incapaz de controlar, e que seu destino está irremediavelmente ligado à sorte dos cátaros, oitocentos anos antes.

Ler a sinopse desse livro já é uma tarefa confusa e, se você ainda não leu, sua cara agora deve estar bem parecida com a minha quando ele chegou. Isso, somado às quase 800 páginas da edição de bolso me deixaram um tanto receosa. A capa era interessante, mas será que era bom?

Essa dúvida persistiu logo no começo do livro. Ele começa já bem intenso, com vários acontecimentos antes mesmo que a gente tenha tempo de se adaptar às histórias. Isso não é um ponto negativo, muito pelo contrário, porque um livro, um tantinho que fosse, mais parado provavelmente teria ficado chato e cansativo nesse tamanho todo. Mas não fica, acreditem no que eu estou dizendo.

Como a sinopse já diz, a história se passa em dois tempos absurdamente distantes e com duas protagonistas que, a primeira vista, têm pouco a ver uma com a outra. Mas no decorrer do livro elas vão mostrando sua conexão, no mesmo passo em que uma história elaborada e cheia de segredos se desenrola. Nos dividimos, assim, entre Aläis e Alice, o ontem e o hoje.

Gostei muito dos personagens, todos eles são fortes e marcantes. Eles não são perfeitos, misturam características boas e ruins, o que dá um ar mais real a eles, e atrai mais o leitor.

Todas as cenas de guerra são bem descritas, assim como as paisagens, o que deixa bem claro o nível da pesquisa que a autora desenvolveu para escrever o livro. E o final (não se preocupem que eu não vou contar) tem um clima de calma que, ao contrário de desapontante, deixou bem um ar de "fechamento", que, depois de tudo o que aconteceu, era exatamente o que a história exigia.

Veja Labirinto no Skoob: aqui.