[Resenha] Eu sou o mensageiro, de Markus Zusak

Oi, queridos! Só queria avisar que a resenha de hoje não é inédita, infelizmente. Foi escrita por mim, mas publicada na Área do Leitor do blog Bookaholic World. É um livro que eu amo e que acho que não foi muita gente que já leu. Peço desculpas a quem já tinha lido a resenha, e prometo uma completamente inédita para segunda!

- Ficha técnica
Título original: The Messenger
País de origem: EUA
Autor(a): Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Ano: 2002
Número de páginas: 320

“Meu nome completo é Ed Kennedy. Sou taxista, tenho 19 anos. Não sou nada diferente dos outros jovens aqui destes subúrbios – não tenho lá muitos planos pro futuro, e as possibilidades são poucas. Tirando isso, leio mais livros do que deveria, sou um zero à esquerda na cama e não entendo nada de imposto de renda. Prazer.”



Ed é simplesmente o que ninguém tem o sonho de ser. Taxista, com uma família problemática, tem um cachorro que cheira mal chamado Porteiro, e é cercado de amigos fracassados, assim como ele. Ele é um fracasso na vida profissional, na vida amorosa, e até na vida sexual. É assim que começa a história, mas nosso olhar vai mudando junto com o personagem, à medida que as páginas rolam.

É ele quem narra o livro, em um tom completamente livre e informal. Regado a palavrões e gírias, completamente de acordo com a personalidade narrador. Soa natural, já que é exatamente a linguagem que a gente imagina que ele usaria. Mas ainda assim é engenhoso.

Logo no começo do livro, Ed está dentro de um banco que está sendo assaltado por um bandido atrapalhado demais. De cara, já nos deparamos com várias cenas cômicas. Durante a fuga, o ladrão rouba o carro (se é que aquela lata pode ser chamada assim) de um amigo do narrador. O carro não pega, e Ed tem a chance de correr e render o bandido, com a arma que ele mesmo tinha deixado cair. Ed vira herói.

“– Desculpa aí, seu guarda. Ele deixou a arma cair quando estava saindo do banco, e eu peguei quando fui atrás dele. Ele era do mal, tá ligado?– A-hã.”

Depois dessa aventura, Ed recebe pelo correio uma carta de baralho. Um Ás de Ouros. Nela há três endereços com um horário diferente ao lado de cada. Não demora muito para ele investigar e descobrir o que ele significava. Cada endereço, no horário especificado, o leva a uma pessoa que precisa da sua ajuda.

A cada nova carta, novos endereços. E assim Ed vai mudando a vida de pessoas completamente estranhas, e – ao mesmo tempo – a sua e a das pessoas a sua volta.

Aos poucos o narrador vai se conhecendo, e amadurecendo. E nós vamos crescendo junto com ele a cada linha. Cada pequena história dentro da trama geral é uma pequena lição de moral, mais uma coisa para se refletir.

Além disso, não dá para não se identificar com o Ed em pelo menos um momento. Afinal de contas, quem nunca se sentiu um derrotado, como se não fosse bom em nada, com a auto-estima abaixo do chão? Faz parte da vida, e isso faz com que a gente se aproxime cada vez mais dele, se envolva mais na estória.

Eu sou o mensageiro é bem diferente do primeiro sucesso do autor, A Menina Que Roubava Livros, mas mostra igualmente a sua habilidade para escolher o melhor ponto de vista para contar uma história. O estilo da narrativa é sempre único e surpreendente. Ele tem uma sensibilidade na escrita que acaba fazendo com que a gente entenda profundamente todas as emoções que estão se desenrolando no decorrer da história. É original e completamente diferente do que a gente tem visto por aí, hoje em dia.

O fim do livro também é marcante. No fim das contas, bem no finalzinho, a gente descobre o que estava bem na frente do nosso nariz o tempo todo. E a gente não viu. Mas não conto, porque não quero estragar a leitura de ninguém.

“Se um cara como você consegue fazer o que você fez, talvez todo mundo consiga. Talvez todos possam superar seus próprios limites de capacidade.”



6 comentários:

  1. Nunca tinha ouvido falar, mas parece ser bem divertido. Adorei sua resenha!

    Beijos xx
    http://sunriseshere.com

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  2. Sou louca pra ler esse livro.
    Eu amei A menina que roubava livros e como é o mesmo autor, eu logo me interessei por esse tbm.
    Adorei a resenha. Sempre gosto de livros que além das histórias tbm tem alguma coisa pra refletir. Quero ler.
    Bjo

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  3. Eu ainda não conhecia esse livro... Parece interessante. Adoro quando temos surpresas no fim *-*
    Beeeijos

    Marina Oliveira
    http://distribuindosonhos.blogspot.com

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  4. Ainda não li nada desse autor! Mas só ouço elogios, então sou louca pra ler algum dos livros dele e formar minha própria opinião.
    Natália Maia - viciadasemlivros.wordpress.com

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  5. Nossa quando terminei de ler A Menina que Roubava Livros estava louca atrás de um livro do mesmo autor. Adorei saber que esse livro é do Markus Suzak, mais um que vai para minha imensa lista de compras 'Haha. Enfim, adorei a resenha.

    Beijos&beijos
    Book is life

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  6. Eu sou o mensageiro, é incrivél, um dos livros que mais gosto em minha estante.

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